Em comunicado, a Polícia Federal brasileira refere que esta operação visa “desarticular” uma “organização criminosa voltada à prática de crimes contra a Administração Pública, fraudes licitatórias [de concursos públicos], associação criminosa e lavagem de ativos, em seis estados e no distrito federal”.

No âmbito desta operação, desde o início da manhã que agentes da polícia cumprem 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de detenção, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, distrito federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

A ação conta com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e, ao todo, com a participação de 213 policias federais e oito auditores.

Segundo investigações preliminares, um grupo de empresas atuou de forma contínua, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convénios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S, um conjunto instituições de categorias profissionais como, por exemplo, o Serviço Social do Comércio (SESC), criadas para promover formação e permitir o acesso a atividades de lazer e cultura aos trabalhadores brasileiros.

O Ministério Público brasileiro estima que a suposta fraude terá movimentado mais de 400 milhões de reais (95,1 milhões de euros) decorrentes de contratos fictícios voltados à execução de eventos culturais e de publicidade que foram superfaturados ou não chegaram a ser totalmente executados.

Os recursos decorrentes destes concursos eram posteriormente desviados a favor do núcleo empresarial, por intermédio de alegadas empresas de fachada.

Após a divulgação da ação, batizada como o nome de operação Fantoche, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, em nota, que “tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira”.

“A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades”, conclui a mesma nota.

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