“Fiz tudo o que estava ao meu alcance para que o mundo saiba o que está a acontecer na Nicarágua e para que a comunidade internacional exerça pressão por uma transição pacífica para a democracia”, afirmou o académico e ativista político, em declarações aos jornalistas à chegada a Manágua.

A acusação contra Felix Maradiaga foi arquivada devido à controversa lei da amnistia, que entrou em vigor em junho e propõe que as autoridades não investiguem os delitos cometidos durante a crise no país e que se abstenham de executar sentenças.

O diretor do Instituto de Estudos Estratégicos e Políticas Públicas (IEEPP) ressalvou que sua decisão de voltar à Nicarágua “não pode ser interpretada como um convite para que outros alvos de perseguição política regressem ao país”, onde “nada é normal”.

O membro da Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia tem sido um dos principais rostos das denúncias contra o Presidente Daniel Ortega, há 12 anos no poder.

Em setembro do ano passado, o opositor, que foi secretário-geral do Ministério da Defesa no Governo de Enrique Bolaños (2002-2007), denunciou Ortega perante o Conselho de Segurança da ONU, por alegadas violações dos direitos humanos.

Desde abril de 2018, a Nicarágua vive uma crise sociopolítica que deixou pelo menos 328 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), embora órgãos de comunicação locais elevem o número para 595 e o Governo reconheça apenas 200.

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