O encontro entre Gaidó e Pompeo, na segunda-feira em Bogotá, deverá ainda ter a participação de ministros das Relações Exteriores de vários países da América Latina para discutir formas de cortar o financiamento e as atividades de grupos regionais e globais designados como organizações terroristas, como o Hezbollah, apoiado pelo Irão.

Também há pressão dos conservadores para incluir Cuba e o governo Maduro na lista de patrocinadores de terrorismo pelo seu alegado apoio aos grupos de guerrilha colombiana de esquerda.

Não se sabe como Guaidó saiu da Venezuela, mas esta é a segunda vez que desafia uma proibição de viajar imposta pelo supremo Tribunal do país [pró-governo de Maduro].

Depois de Bogotá, Guaidó pretende viajar para a Europa e, talvez, para os EUA, segundo fontes próximas do líder da oposição que falaram sob anonimato uma vez que qualquer viagem para o exterior implica enormes riscos e, embora o itinerário do autoproclamado presidente interino da Venezuela na Europa seja desconhecido, prevê-se que esteja no continente europeu ao mesmo tempo que o Presidente do Estados Unidos Donald Trump que se deslocará a Davos, na Suíça, na terça e na quarta-feira próximas para participar no Fórum Económico Mundial, podendo ambos encontrarem-se à margem do evento.

Como presidente da Assembleia Nacional, Guaidó é reconhecido como líder legítimo da Venezuela pelos EUA e mais de 50 países que consideram a reeleição de Nicolas Maduro ilegítima.

A sua visita à Colômbia ocorre dias depois grupos de civis armados terem impedido a entrada de deputados da oposição venezuelana na Assembleia Nacional (parlamento), onde o autoproclamado Presidente interino da Venezuela tinha convocado uma sessão plenária.

Na sexta-feira, em entrevista ao Washington Post, Maduro disse estar disposto a negociar diretamente com a administração norte-americana, numa tentativa de terminar com o impasse político do país que enfrenta uma crise humanitária e que já levou milhões de venezuelanos a emigrar.