“Decidimos hoje levantar o estado de emergência em 39 autarquias” das 47 que existem no Japão, disse o chefe do Governo durante uma conferência de imprensa.

Prolongado em 04 de maio, o estado de emergência permaneceria em vigor até o final de maio.

“Se possível, gostaríamos de levantar o estado de emergência antes de 31 de maio também em outras regiões”, acrescentou.

Apenas 55 novos casos de infeção pelo novo coronavírus foram identificados na quarta-feira em todo o arquipélago, incluindo 10 em Tóquio.

Mas perante a progressão diária da doença na capital e em Osaka (oeste), bem como na grande ilha norte de Hokkaido, o estado de emergência será mantido nestes locais, segundo Abe.

“Ainda há um longo caminho a percorrer”, alertou o primeiro-ministro sobre as áreas mais afetadas, pedindo aos moradores que se abstenham de sair e viajar para outras áreas.

No total, o Japão registou cerca de 16.000 casos de covid-19 em seu solo desde o início da crise da saúde, dos quais 687 foram fatais, níveis muito inferiores aos observados na Europa e nos Estados Unidos.

Mas, perante um claro aumento de casos no final de março, correndo o risco de saturação dos hospitais, o Governo havia declarado estado de emergência no início de abril, primeiro para Tóquio e seis outras regiões, depois para todo o Japão.

Originalmente programado para durar um mês, esse sistema foi estendido até 31 de maio em todo o país.

Ao contrário de muitos outros países, o estado de emergência no Japão não se traduz em confinamentos obrigatórios.

Acima de tudo, permite que as autoridades regionais recomendem que as pessoas fiquem em casa o máximo possível e que certas empresas considerem não essencial fechar temporariamente. Sanções não foram previstas para quem não cumprisse as medidas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.175 pessoas das 28.132 confirmadas como infetadas, e há 3.182 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.