No seu relatório anual sobre terrorismo internacional, referente a 2018, o Departamento de Estado norte-americano salienta que "a Al Qaeda e os seus afiliados regionais continuam resilientes e colocam uma ameaça duradoura" aos Estados Unidos e seus aliados.

"Por causa dos reveses do Estado Islâmico, a Al Qaeda tenta restabelecer-se como a vanguarda do movimento 'jihadista' global" e continua financiar-se, a planear e a efetuar ataques, indica-se no documento.

Em 2018, a rede aproveitou o "foco global no Estado Islâmico para reconstituir em silêncio as suas capacidades", especialmente "no Egito, Líbia, Síria e Iémen".

Quanto ao Estado Islâmico, o Departamento de Estado salienta que a operação militar dos EUA e aliados recuperou "quase todo o território" que controlava no Iaque e na Síria, correspondente a "11.000 quilómetros quadrados" onde vivem cerca de 7,7 milhões de pessoas.

Na apresentação do documento, o responsável pela estratégia antiterrorista do Departamento de Estado, Nathan A. Sales, alertou que organizações próximas do Estado Islâmico "em todo o Médio Oriente e África do Norte estiveram ativas em 2018", indicando locais como a Líbia, Marrocos, Arábia Saudita, a península do Sinai, Tunísia e Iémen.

Relativamente ao Afeganistão, no documento valoriza-se a tomada de "passos em direção a um processo político" para a reconciliação entre o Governo e os talibãs iniciada com o cessar-fogo em junho de 2018.