Várias explosões foram reportadas hoje a meio da manhã nas proximidades de assembleias de voto da capital, Cabul.

Num dos centros eleitorais, uma escola transformada em centro de voto, um jornalista da agência AFP presenciou que uma multidão abandonava o local de voto a correr. “Há mortos e feridos, no seguimento de explosões”, indicou à AFP um responsável do Ministério da Saúde, sem poder precisar mais detalhes de momento.

Entretanto, o ministro do Interior do Afeganistão anunciou hoje que reforçou o número de tropas das Forças Nacionais de Segurança para 70.000, quando estavam previstos 50.000 militares em todo o país para garantir a segurança de 21.000 assembleias de voto, diz a AP.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, depois de dar o exemplo na abertura do escrutínio, votando numa escola da capital, Cabul, apelou aos seus compatriotas para “sairem e votarem”.

Em resposta ao seu apelo, os eleitores formaram longas filas de espera a capital e arredores para votarem, o que acabou por gerar numerosos disfuncionamentos nos locais de votação.

Certos centros de voto não puderam abrir mesmo por falta de membros nas mesas de voto, falhas nas leis eleitorais ou mau funcionamento dos terminais de registo biométrico colocado nos locais e utilizado pela primeira vez no país.

Candidatos e eleitores estão juntos no desespero relata a Agência France-Presse (AFP).

A Comissão Eleitoral Independente (CEI), que organiza o ato eleitoral já apresentou desculpas e prometeu que os horários dos centros de voto serão prolongados.

Eleições em duas províncias, Kandahar e Ghazni, foram adiadas, assim como em 11 dos quase 400 distritos do país