O diplomata norte-americano Jeffrey Feltman, secretário-geral Adjunto da ONU para Assuntos Políticos, chegou a Pequim no sábado depois de uma visita de cinco dias a Pyongyang, a primeira de um diploma de assuntos políticos em sete anos, durante a qual manteve reuniões com dirigentes do regime como o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Ri Yong-ho.

A visita aconteceu uma semana depois de Pyongyang ter lançado em 28 de novembro um míssil balístico intercontinental capaz, segundo os especialistas, de alcançar o território continental dos Estados Unidos da América.

"Durante essas conversas, o nosso partido declarou que a política de hostilidade dos Estados Unidos em relação à República Popular da Coreia do Norte e a sua chantagem nuclear são responsáveis pela situação atual na península coreana", disse a agência oficial.

O órgão oficial de notícias de Pyongyang afirmou ainda que, durante a visita, a República Popular Democrática da Coreia concordou "regularizar as comunicações" com a ONU "através de visitas em vários níveis".

A agência não mencionou reuniões com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, que lidera os programas nucleares e balísticos do país.

A visita de Feltman acontece depois de os Estados Unidos e a Coreia do Sul terem lançado o seu maior exercício aéreo comum até o momento, numa demonstração de força à Coreia do Norte.

A agência da Coreia do Norte reiterou hoje a posição de Pyongyang de que as manobras regulares na península coreana "revelam a intenção de preparar um ataque nuclear surpresa contra a República Popular da Coreia do Norte".

A Coreia do Norte está sujeita a várias sanções da ONU que visam forçá-la a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança que a proíbem de ter atividades nucleares e balísticas.

A China, o principal patrocinador económico de Pyongyang, diz que as sanções são rigorosamente aplicadas, mas Washington quer aumentar a pressão através de um embargo de petróleo.

Já Pequim prefere defender a proposta de uma "dupla moratória" - suspensão simultânea dos testes nucleares de Pyongyang e de manobras militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul - para relançar as negociações. Washington recusa esta ideia ferozmente.

A península coreana "permanece presa num círculo vicioso de demonstrações de força e confrontações, as perspetivas não são otimistas", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, num longo texto publicado hoje no ‘site’ do ministério.

"Mas a esperança de paz ainda não desapareceu, a perspetiva de negociações sobrevive e a escolha de uma intervenção militar não pode ser aceite", insistiu o governante chinês segundo o texto, que reproduz um discurso pronunciado em 05 de dezembro num seminário em Pequim.

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