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Newsletter diária • 02 fev 2024

 
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Que seja o que a ciência quiser

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

A Organização Mundial de Saúde revelou, ontem, que o cancro do pulmão foi o mais comum no mundo em 2022 e a principal causa de morte por cancro, seguido pelos da mama e colorretal. A causa está “provavelmente” relacionada com o consumo persistente de tabaco na Ásia. Mas, o estudo, mostra que não não é o único cancro que gera preocupações e que, claro, quanto mais afastados estão os países do desenvolvimento, ou do acesso à ciência, e a cuidados de saúde mais mortalidade - e sofrimento - há nas populações.

Contudo, o cancro não é uma doença de países em vias de desenvolvimento. “Cerca de uma em cada cinco pessoas desenvolve cancro durante a vida, aproximadamente um em nove homens e uma em 12 mulheres morrem da doença”, alerta a OMS. Sendo  que apenas 28% dos países participantes no inquérito cobriram adicionalmente cuidados para pessoas que necessitam de cuidados paliativos, incluindo alívio da dor em geral, e não apenas relacionados com o cancro.

É, por isso, cada vez mais importante o investimento em ciência, mas também em cuidados para aqueles a quem a ciência já não pode ajudar. E, claro, é cada vez mais importante explicar a ciência a quem insiste em negá-la, ou desacreditá-la. É, desta forma, boa notícia que a Universidade de Coimbra tenha hoje anunciado a criação do primeiro centro de investigação dedicado à terapia génica do país, que servirá para desenvolver tratamentos para doenças graves e sem tratamento, representando um investimento de 38 milhões de euros.

Principalmente porque se soube, também hoje, que a taxa de adesão ao rastreio do cancro do cólon e reto, em Portugal, baixou em 2022, ficando-se nos 41%, com menos de 207 mil utentes rastreados, segundo o relatório de avaliação. Adesão também diminuiu no rastreio ao cancro da mama, apesar do aumento da taxa de cobertura.

A notícia seria má de forma independente, mas o relatório da OMS refere que, estes dois cancros têm particular incidência e mortalidade. Nos homens, os cancros da próstata e colorretal foram os segundo e terceiro mais comuns, enquanto os do fígado e colorretal foram a segunda e a terceira causas mais comuns de morte por cancro. E, para piorar,  para as mulheres, o cancro de mama foi o mais comummente diagnosticado e a principal causa de morte por cancro (e o cancro mais comum nas mulheres em 157 de 185 países), enquanto nos homens foi o cancro de pulmão.

Para futuro, a Direção-Geral da Saúde defende a definição de critérios para uniformizar os custos dos exames associados aos rastreios do cancro e linhas de financiamento específicas para os programas de rastreio de base populacional.

No conjunto de ações futuras definidas pelos especialistas que elaboraram o mais recente relatório de avaliação e monitorização dos rastreios oncológicos de base populacional (cancro de mama, colo do útero e cólon e reto), que é hoje apresentado, estão igualmente a uniformização dos custos das consultas de aferição, “devem ser semelhantes em todas as regiões”. O documento aponta ainda a necessidade de uniformizar os procedimentos da atividade dos rastreios em todas as regiões, através da concretização de normas a publicar este ano, assim como desenvolver programas de divulgação e informação à população para melhorar as taxas de adesão. Estes programas, defendem os especialistas, devem ser “específicos para cada programa de rastreio”.

Também o núcleo Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai atribuir 17 bolsas de investigação, um investimento superior a 200 mil euros que visa o progresso da prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro, foi hoje descrito.

Tudo para que haja mais saúde, mais durabilidade e qualidade de vida. Que seja o que a ciência quiser.

*Com Lusa

 
 
 
 
 
 

 
 

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