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Newsletter diária • 24 fev 2023

 
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Quando as bombas começaram a cair

 
 

Edição por Alexandra Antunes

A 24 de fevereiro do ano passado, o mundo acordou com a notícia que se ia adivinhando: a Rússia invadiu a Ucrânia. Era o início da chamada "operação militar especial" de Putin.

Embora a invasão tenha sido recebida com "um sentimento de incredulidade" pelas autoridades portuguesas, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou que os acontecimentos daquela madrugada não foram totalmente uma surpresa, uma vez que, "ao longo de vários meses e, com cada vez maior intensidade", se avolumavam os sinais desta agressão.

"Faltava o raciocínio, faltava compreender por que razão é que a Rússia estava a cometer um erro tão grave”, comentou Cravinho, em entrevista à Lusa. Assim, no plano político nacional, "havia dificuldade em conciliar os sinais que se estava a observar com uma interpretação racional daquilo que era a atitude russa".

Nos primeiros momentos, "havia a ideia de que muito provavelmente a Ucrânia capitularia e os russos teriam capacidade para tomar Kiev e os centros principais de decisão do país", mas tal não aconteceu.

"A capacidade militar dos russos, afinal, era muito inferior àquilo que imaginava e àquilo que o presidente Putin imaginava", realça Cravinho.

O líder russo – "hoje percebemo-lo —, foi alvo de informação enganosa por parte dos seus próprios serviços militares sobre a sua capacidade" e o chefe do Estado Maior das forças armadas russas, o general Valery Gerasimov, que era considerado como "um grande génio militar", acabou com "uma reputação que não se parece nada com isso".

Passado um ano, resta saber o que vai acontecer. Apesar de prever que o conflito se prolongue por bastante tempo, o chefe da diplomacia portuguesa não tem dúvidas de que "o presidente Putin vai perder esta guerra", porque "há uma determinação muito grande, há uma capacidade de resistência ucraniana, que só se compreende quando nos lembramos que estão a defender a sua terra e alguma incompetência e falta de motivação por parte de Rússia, que está a invadir uma terra alheia e com recurso a recrutas que mal sabem o que lá estão a fazer".

 
 
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