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Newsletter diária • 02 mai 2023

 
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O que será do futuro de Galamba?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

O fim-de-semana prolongado foi marcado pelas polémicas com o Ministro das Infraestruturas e o seu Adjunto. E, hoje, é o dia em que, à partida, tudo se desenlaça. Se António Costa começou por defender o seu ministro dizendo que não tinha que ser informado sobre o SIS. Numa segunda entrevista à RTP, já reconheceu a gravidade do assunto e empurrou para hoje uma conversa com Galamba sobre o tema. Dizendo por um lado, que o assunto era sério demais para tratar à distância, por outro que se mantinha a credibilidade no Governo.

Também o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o tema é indicativo da gravidade da "novela", como lhe chamou António Costa. O Presidente da República não mostrou pruridos em assinalar a gravidade da situação e, também, em mostrar que agirá de forma "discreta" mas "visível".

Se durante o fim-de-semana - e desde o início do caso TAP - perdeu o fio à meada, fica o resumo.

Em causa estão os documentos da Comissão de Inquérito. O adjunto de Galamba - entretanto demitido - acusou o ainda ministro de estar a esconder (e mandar esconder) documentos à Comissão de Inquérito à TAP. Sim, não só se sabe que a reunião secreta com Christine Ourmières-Widener aconteceu, como terá acontecido a pedido de João Galamba. E Frederico Pinheiro diz ter notas dessa reunião e da preparação do depoimento da ex-CEO da TAP. Estas afirmações fizeram com que Galamba demitisse o adjunto - por telefone -, o que terá apressado Frederico Pinheiro a ir recuperar as notas.

É no gabinete que tudo se exalta, e o ex-adjunto recorre à violência contra assessoras e secretárias, que agora acusa de sequestro. As notas em causa estariam num computador que Pinheiro terá levado com ele, e que o SIS recuperou. Esta última nota não é de rodapé e, também, interessa na história, para se perceber afinal quem autorizou o envolvimento das secretas, que estão sob a alçada do Primeiro Ministro. E trazendo questões à legalidade da ação.

No momento em que esta newsletter é escrita Costa e Galamba estão reunidos, e depois dos acontecimentos do dia de ontem tudo indica que será a última vez que estes se encontram com Galamba no papel de ministro. Resta saber se o telefonema que Marcelo fez a Costa, não obriga mesmo a uma maior remodelação no Governo. A bomba atómica, sabe-se que Marcelo não quer acionar, mas até lá pode ir mandando granadas.