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Newsletter diária • 23 jan 2024

 
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Olhem para cima

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Em 2021 estreava o filme Não olhem para cima, uma crítica a uma sociedade onde a ciência passou a ser desacreditada pela opinião que tiver mais seguidores, num mundo onde os políticos, e os média, ignoram os avisos baseados em dados. Uma realidade demasiado próxima daquela que se vivia nesse ano para que o filme fosse pudesse dizer-se uma distopia. Tanto que, um ano depois, o cineasta norte-americano Adam McKay, realizador do filme, afirmou que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estaria entre os negacionistas retratados na obra.

Atendendo aos períodos eleitorais que se aproximam, é bom que nos habituemos a olhar para cima, mais do que nunca, para evitarmos que os meteoros nos caiam em cima de forma inesperada. O que parece cada vez mais difícil, atendendo aos alertas de um estudo, divulgado hoje, que diz que o "consumo descontrolado" da oferta digital, internet e redes sociais, contribui para um estado de alienação social, desenvolvendo um padrão de comportamento cujas relações 'online' se constituem como a zona de conforto.

Informação que se junta aos alertas para o potencial “muito grande” de dependência do WhatsApp, a rede social mais utilizada pelos inquiridos, por estimular um comportamento de necessidade de resposta imediata e de continuidade de verificação das mensagens.

Principalmente porque a literacia, no geral, a tecnológica, em particular ,nunca foram tão importantes. Três em cada cinco portugueses (60%) afirmam conhecer pelo menos uma ferramenta de inteligência artificial generativa, sendo o mais comum o ChatGPT (54%), mas só 28% a utiliza com regularidade, segundo estudo da consultora Deloitte hoje divulgado.

Numa altura em que estamos cada vez mais de olhos postos nos telemóveis (e nos nossos umbigos), é mais importante que nunca saber distinguir informações falsas de verdadeiras. As autoridades de New Hampshire, por exemplo, anunciaram, que estão a investigar telefonemas falsos que imitam a voz de Joe Biden e "incitam os eleitores a não votar" durante as primárias previstas para terça-feira neste estado do nordeste dos Estados Unidos.

Também em Portugal, o SAPO24 questiona se alguma vez recebeu um SMS do governo? A Segurança Social enviou um a 2,7 milhões de reformados a dizer "a sua pensão foi aumentada". O ministério da tutela diz que não é a primeira vez e a prática é cada vez mais comum.

E se é de literacia que se fala, demos ainda um salto ao Congresso dos Jornalistas numa altura crítica para nós, jornalistas, e, por conseguinte, também para o país. No São Jorge tentou responder-se a outra questão: como é que se garantem condições para o exercício da profissão daqui para a frente? Ou, como quem diz, como é que continuamos a fazer as pessoas olhar para cima?

*Com Lusa

 
 
 
 

 
 

No New Hampshire, nesta terça-feira, o tudo ou nada de Nikki Haley frente a Donald Trump. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

Hoje apetece-me brincar um pouco com a língua (salvo seja). Pensei então nas palavras pequenas, daquelas simples, só com uma consoante e a letra «a»… Vamos lá então viajar pela ordem alfabética: