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Newsletter diária • 16 fev 2024

 
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Morreu Navalny, sozinho mas a lutar por uma Rússia livre e unida até ao fim

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Sem surpresas morreu Navalny. Sozinho, numa cadeia no Ártico onde cumpria pena por extremismo. Preso desde 2021, sabia-se que ficaria encarcerado até Putin sair do poder, ou até à sua morte. Hoje cumpriu-se a segunda.

Ficará para sempre a imagem da sua coragem ao decidir voltar à Rússia, depois de ter sido envenenado pelo regime de Moscovo. Podia ter ficado na Alemanha, que lhe ofereceu asilo, mas escolheu ser um dos alvos da repressão russa, e tornar-se num símbolo, sabendo que não iria ter hipótese de se defender de forma justa e que as penas de prisão seriam sempre duras. E foram.

Transferido para zonas cada vez mais distantes, mais isoladas. Acabou por morrer no Ártico, um dia depois da sua última aparição pública. Num vídeo nota-se que se encontra extremamente debilitado, mas não foi por isso que perdeu o sentido de humor, ou deixou de apontar, como disse Gomes Cravinho, as condições "draconianas" em que vivia.

A morte de Navalny, pelas mãos do regime russo, acontece depois de Trump encorajar Putin a a fazer o que entendesse com os países com menores contribuições para a NATO - sendo Portugal um deles -, para de seguida garantir: “Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los a fazerem o que quiserem convosco. Vocês têm de pagar as dívidas que têm”.

Navalny não foi a primeira vítima do regime de Putin, mas num ano de eleições na Rússia e nos EUA, é importante manter acesa não só a memória deste homem valente, mas também das declarações recentes de Trump e da sua relação com Putin.

E, na senda das memórias e das lembranças, este artigo da NATO que Trump agora desafia, e põe em causa, o Artigo 5.º, é o que considera que um ataque a um Estado-membro da aliança político-militar é um ataque a todos os que a compõem. E não deixa de ser irónico que só tenha sido invocado uma vez: depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos.

Para que a memória de Navalny perdure fica a sugestão que se reveja o documentário com o seu nome, vencedor de um Óscar, e que descreve a carreira de Navalny no combate à corrupção dos dirigentes, o seu envenenamento quase fatal em 2020, que atribuiu ao Kremlin a sua recuperação ao longo de cinco meses na Alemanha e o seu regresso a Moscovo, em 2021, quando foi imediatamente colocado sob custódia, no aeroporto. Condenado depois a dois anos e meio de prisão, Navalny viria a ter outra condenação a mais nove anos. Agora sabemos que as condenações se haveriam de suceder até ao dia 16 de fevereiro, dia da sua morte.

*Com Lusa

 
 
 
 
 
 

 
 

Aleksej Navalny é o homem cujo nome Vladimir Putin nunca quis pronunciar em público, mas cujo regime foi sucessivamente condenado a penas de prisão que significaram a exclusão perpétua da vida civil da Rússia. Continuar a ler

 
 
 
Morreu opositor de Putin, Alexei Navalny
 
 

Atualidade

 

O político da oposição russa Alexei Navalny, um crítico do presidente Vladimir Putin, terá morrido, esta sexta-feira, segundo os serviços prisionais.

 
 
 
 
 
 

 
 

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