Montenegro indigitado, 50 deputados do Chega e o adeus de Santos Silva
Edição por Beatriz Cavaca
Se dúvidas houvesse que o país parece estar a virar à direita, essas deverão ter ficado esclarecidas quando o Chega conseguiu completar, com os votos da emigração, um grupo parlamentar de 50 deputados.
Além disso, também foi indigitado como primeiro-ministro Luís Montenegro, que deverá apresentar um novo governo a 28 de março e tomará posse a 2 de abril.
A surpresa do dia de ontem ficaria marcada pelos perto de 37% dos votos anulados na contagem dos votos de emigrantes, que resultaram em mais de 122 mil votos que foram para o "lixo". Já a abstenção ultrapassou os 76%.
"Falta da cópia do cartão de cidadão no envelope" foi o motivo pelo qual um quarto dos votos dos eleitores a viver no estrangeiro foi anulado, disse ao SAPO24 o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio, que confirma que o número de votos anulados é "anormal".
Nos EUA foram anulados mais de metade dos votos (51,25%), num total de 5.592. Juntos, os três partidos mais votados obtiveram 4.601 votos. Em França foram anulados 36.986 votos, ou seja, a vontade de 43,57% dos emigrantes votantes a viver no país foi ignorada. Para dar uma ideia, o partido mais votado teve ali 15.779 votos. Este cenário repetiu-se um pouco por todos os países.
A última novidade do fecho das urnas foi Augusto Santos Silva ficar de fora do Parlamento na próxima legislatura, perdendo o lugar para o Chega e para a AD.
Para o ainda Presidente da Assembleia, esta é uma "derrota política e pessoal", confessou numa entrevista à SIC Notícias.
Quanto a uma futura candidatura a Belém, recusou pronunciar-se com o argumento de "o tempo das presidenciais abrandou" e "haverá tempo para pensar noutros assuntos".
A relação connosco próprios implica desafio, determinação, persistência e imaginação! É essencial que prestemos atenção aos sinais do corpo e da mente de forma a não nos desconectarmos do “mundo interno”. Continuar a ler