Menos árvores, mais calor, nenhuma solução
Edição por Ana Maria Pimentel
Os distritos de Bragança, Castelo Branco e Guarda estão sob aviso vermelho, o mais grave, por causa do calor, na mesma altura em que vários incêndios deflagram e destroem hectares de floresta pelo país.
Hoje o serviço europeu Copernicus informou que julho foi o mês mais quente alguma vez registado na Terra. Um mês marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo, foi 0,33°C mais quente do que o mês que detinha o recorde até agora (julho de 2019, quando se registou uma média de 16,63°C). A temperatura do ar foi também 0,72°C mais quente do que a média (1991-2020) em julho.
Este aumentar de temperatura preocupante e a inação dos governos perante tantos avisos e sinais de alarme levou o António Guterres a fazer uma das mais fortes afirmações acerca deste tema: “As alterações climáticas estão aqui. São aterradoras. E isto é apenas o início. A era do aquecimento global acabou. Começou a era da ebulição global”.
Ainda durante a visita do Papa a Portugal, pode ter passado despercebido o documento que Marcelo Rebelo de Sousa e mais cinco chefes de Estado do Mediterrâneo assinaram comprometendo-se a "apoiar iniciativas de ação conjunta" para fazer face às alterações climáticas, avisando que "já não há tempo a perder". No texto, lê-se que, "como esperado, a crise climática chegou e atingiu proporções extremamente perigosas". No apelo, os chefes de Estado "comprometem-se a apoiar iniciativas de ação conjunta e a lançar um apelo à União Europeia, a outros países mediterrânicos e à comunidade internacional".
Ações rápidas e eficazes nunca foram tão necessárias num ano em que, mais uma vez, os incêndios consomem a Europa e o Mundo, destruindo cada vez mais o pulmão da Terra. E se em Portugal há, neste momento, mais de dois mil bombeiros a combater fogos um pouco por todo país, nunca é demais lembrar o que fazer no caso de se estar perante um incêndio.
*Com Lusa
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