Este Governo é incompatível com a lei? O Parlamento debate
Edição por António Moura dos Santos
Nas últimas semanas foram-se acumulando casos a envolver os ministros da Saúde, Manuel Pizarro, da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, todos eles acerca da possível violação do regime de incompatibilidades aplicado a titulares de cargos públicos.
O que quer isto dizer? Que estes ministros estão possivelmente comprometidos na sua atuação política por deterem participações — ou terem familiares nessa situação — em empresas com contratos com o Estado:
O primeiro-ministro disse não ter dúvidas sobre a “probidade” de como os membros do Governo exercem as suas funções, salientando que "sobre dois deles, pelo menos, houve pareceres do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República" que atestam a legalidade da sua situação.
As justificações do Governo, porém, não têm colhido aceitação da parte da oposição. É por isso que foi hoje agendada para a Assembleia da República uma sessão "sobre os sucessivos casos de alegadas incompatibilidades e conflitos de interesses que envolvem vários ministros".
A sessão, agendada a pedido do Chega — que já avançou publicamente com propostas de alteração sobre incompatibilidades e fez uma participação ao Tribunal Constitucional sobre estes casos — conta com a ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, a representar o Governo.
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