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Newsletter diária • 04 set 2023

 
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Guerras e conflitos, mas estará o mundo mais seguro?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Se o tema é guerra para algo diferente que se comece pelos sinais de esperança, ainda que pífios. Contudo, há pequenos faróis no meio dos conflitos que fazem pensar que o mundo pode caminhar devagar para se tornar um sítio melhor.

Ontem, na Somália, o exército disse ter matado cerca de 150 membros do grupo fundamentalista islâmico Al Shabab, após uma operação militar realizada na região de Mudug, no centro do país. A operação faz parte de uma ofensiva do exército da Somália contra o Al Shabab, grupo ligado à Al Qaeda, uma ofensiva cujo nível tem vindo a aumentar nos últimos meses com o apoio de clãs e milícias locais.
Já em Moçambique, um financiamento do instituto Camões vai permitir à ONGD portuguesa Helpo acompanhar, com planos individuais, alunos de três escolas secundárias do distrito moçambicano de Metuge, um dos que concentra mais deslocados dos ataques terroristas em Cabo Delgado. O projeto da Helpo, que será implementado durante dois anos, a partir de 01 de janeiro de 2024, foi construído “de baixo para cima”, recorrendo aos resultados obtidos no trabalho que a ONGD realizou em 16 escolas primárias do mesmo distrito, onde está presente.
Mas se esta newsletter começou com um aviso de que embora haja sinais de esperança, eles são apenas balões de oxigénio no meio da negritude é porque agora chegam as más notícias. Só na sexta-feira, dois turistas que praticavam jet ski, em Marrocos, terão sido mortos a tiro pela guarda costeira argelina  no momento em que atravessavam a fronteira marítima entre os dois países.
E, sem tirar os olhos de África, houve nove golpes de Estado em sete países. Aquilo que podia ser o fim dos resquícios das ramificações do poderio colonial, é apenas a tomada de poder de outras potências económicas daquilo que são os recursos que pertencem a povos que há muito já deviam ser livres e gestores dos seus futuros. Tome-se como exemplo o Níger, cujo golpe de Estado tem envolvido a população, mas tem mais a ver com a invasão da Ucrânia, Putin e o falecido Prigozhin, do que com qualquer movimento de libertação africano.
Mas estará, de modo geral, o mundo mais seguro? Um estudo do Instituto para a Economia e Paz diz que não, e este é o oitavo ano consecutivo em que o mundo se tornou um lugar menos habitável. Estamos, sem dúvida, mais atentos, e podemos apenas ter esperança que isso, e a coragem das ONG que operam nestes países, sejam o caminho para reverter esta tendência.
 
 
 
 

 
 

Tornou-se pertinente questionar: o que está a acontecer na África Ocidental e Central que leva à tomada do poder por militares, através da inédita frequência de nove golpes de estado, em sete países, nos últimos dois anos?  Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

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