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Newsletter diária • 14 dez 2023

 
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A ceia de Natal dos irmãos: Putin, o seu gémeo, e Zelensky

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Crescer com irmãos é passar constantemente do afecto à irritação, do riso ao choro, e do carinho ao sarcasmo sem nunca se pôr em causa a emoção que os une e pondo-se sempre à frente de tudo e de todos para os defender. Seja de alguém que os goza ou de uma suposta ameaça Nazi. Pelo menos é assim que Putin justifica a invasão da Ucrânia e a manutenção da guerra que dura quase há dois anos.

"Os russos e os ucranianos são essencialmente um só povo e o que estamos a testemunhar agora é uma grande tragédia que se assemelha a uma guerra civil entre irmãos de lados opostos. E nem sequer é culpa deles, todo o sudeste da Ucrânia sempre foi pró-Rússia", disse esta manhã o presidente russo, sem justificar a sua afirmação, numa conferência de imprensa. A primeira do género desde o início da guerra.

Questionado sobre a guerra com Kiev — designada por Moscovo como "operação militar especial", Vladimir Putin referiu que os objetivos da Rússia permanecem inalterados: "a desnazificação e desmilitarização da Ucrânia". "A paz virá quando alcançarmos os nossos objetivos", acrescentou.

"A menos que queiram chegar a um acordo de forma pacífica, temos de tomar algumas medidas, incluindo uma ação militar", referiu ainda o presidente russo, que destacou que, "hoje, a Ucrânia praticamente não produz ou fabrica nada... eles têm importado coisas de graça".

Mas como famílias disfuncionais há em todo o lado, nem sempre a relação entre irmãos é tão pacífica assim. E o irmão Zelensky não sente assim tanto espírito familiar pelo seu congénere russo. E sentido-se desamparado, insiste que a Europa o adopte e o ajude a livrar-se do irmão malvado lembrando quem estragou o ambiente na consoada em Natais passados.

O Presidente da Ucrânia apelou hoje à União Europeia (UE) para não cair na indecisão sobre a adesão ucraniana, advertindo que a História registará todas as opções feitas e que está em causa a confiança do bloco comunitário.

“Hoje é um dia especial. E este dia vai ficar registado na História. Se vai ser bom ou mau para nós, a História vai guardar tudo. Cada palavra, cada passada, cada ação e inação. Quem lutou pelo quê”, disse Volodymyr Zelensky aos líderes dos 27 Estados-membros, por videoconferência, no arranque da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

“É importantíssimo que a Europa não caia hoje na indecisão. Ninguém quer olhar para a Europa e perceber que não é de confiança. Ou incapaz de tomar decisões para as quais se preparou”, criticou.

Do lado russo, já a prever a possibilidade de não ser convidado para a ceia do irmão Vlodymyr, Putin criou o único irmão que pode estar à sua altura, um outro... Vladimir Putin. E durante a conferência de imprensa do presidente russo surgiu um vídeo gerado por inteligência artificial (IA) em que Putin faz perguntas a... Putin. E posicionou-se naquela que será a competição da sua época.

"Se devemos ou não temer a IA? Impedir o avanço da IA... detetar cheiros, ter sentidos e possuir a capacidade cognitiva... é impossível", disse ainda. "A menos que o consigamos evitar, devemos liderar o processo".

*Com lusa

 
 
 
 

 
 

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